quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Com os olhos a brilhar e um sorriso maroto no canto da boca começamos a conversar... a tua perna distraídamente toca na minha e de repente as mãos tornam-se num estorvo e não sabemos onde as pôr... é tudo novo porque nunca houve esta electricidade entre nós...
A conversa flui normalmente como dois velhos amigos porém não me olhas nos olhos... se não me olhas nos olhos eu não te sei ler, não sei no que estás a pensar, e não gosto de não saber.
Afastamo-nos sem pressa e deixa de haver aquela tensão, volta tudo ao normal, eu com a constante curiosidade e tu com o sorriso paciente.
Continuamos como se nada fosse a conversar e discordar mas sorrimos, sorrimos porque sabemos. Nunca precisei de me dividir em explicações porque basta uma palavra com o olhar certo para me entenderes... porque tu entendes-me como ninguém e estás sempre aí para me entender.
Ninguém percebe como ficámos amigos, mas nós sabemos que somos amigos para a vida e não queremos estragar essa ligação... não gostamos de complicar as coisas.
Porque não precisamos de estar sempre a conversar ou a fazer o que quer que seja, basta estar bem no silêncio um do outro, e nós estamos...

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